Pedagogia da Corporeidade

DESCRITORES (BVS)

Delimitam as investigações em Pedagogia da Corporeidade

 

Sujeitos

Criança/Infância/lactante/bebe – Adolescência/Juventude/Jovem –

Idoso/envelhecimento- dependentes químicos-  

Educador/Professor/Docente   -   Escolar/pré-escolar/estudante

 

Objetivos

Humanização/Sujeito/Sexualidade/Espiritualidade/saúde:

Cuidado/Integrativa/ Medicina Integral: biológicos, psicológicos,

sociais e espirituais/Qualidade-estilo de vida/

Conduta de saúde/ potência / Cognição/Inteligência/Lógica/

Pensamento/Imaginação/ Memória/Criatividade

Estado/Atenção/Concentração/Atitude/Intenção/

Percepção/ Sensorial/Cinestesia/Percepção de movimento

Experiência/ Consciência/Conhecimento/Inconsciência

Prazer /Afetivo/ amor / formação / conscientização

 

Meios

Educação/ Ensino/ Aprendizagem/ Currículo/ estágio/ Educação Física/ Equilíbrio/ Ritmo/ Coordenação/ Lateralidade /Postura/ Flexibilidade/ Habilidade/ Competência/ Educativo/ Pedagógico/ Didático/ Aula/Avaliação/ Planejamento/ Participação/ Ensino Terapêutico/ Educação em saúde/ Saúde/ Promoção da saúdeÉtica/Política/ Crítica/História/ Cultura/ Socialização/Convivência / Linguagem /Comunicação/ Expressão/ Semiologia / /Movimento-motriz/Dança/ Ginásticas/ Exercícios/ Esportes/Lutas/Artes Marciais/Relaxamento/ Meditação/ Massagem/ Brinquedo/jogo/Funcional/Surf

 

Método/procedimento-Arte/Música /Narrativa/Cinema/Fotografia/ Análise Qualitativa/ Etnografia/Estudo de caso

 

 

PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS PARA INTERVENÇÃO

Em Pedagogia Da Corporeidade

 

1- Concepção de metodologia participante –

Pesq. Ação ou Participante: método pesq. colaborativa;

 

2- Conhecimento crítico das circunstâncias/contexto:

Nenhuma intervenção pode desconsiderar uma análise crítica do mundo contemporâneo e da experiência humana, histórica, social e cultural do sujeito existente. Bem como as epercussões

desta na cultura local (instituição).

 

3- Intervenção coletiva: coletivo de educadores (mínimo 2) e coletivo de alunos (não trabalhos isolados, atividades de grupo)

 

4-  Âmbitos do movimento a serem explorados

- Movimento em planos e níveis diversos, com ações e inações: pluralidade de exploração

dos espaços (círculos, retas, zigue-zague, diagonais...), dos tempos (ritmos e coordenações)

dos objetos (formas, texturas e cores);

- Movimento e imaginação cultural: poesia, história/causos, sonhos, utopias, mitos/lendas, textos sagrados, imagens;

- Movimento e música: cantada, tocada, dançada, encenada;

- Movimento e representação artística (desenhos, pinturas, modelagens) verbal: verbalização do vivido, círculo de cultura, conflito, críticas, sugestões, alteração, participação nas decisões;

- Movimento e espaço/tempo: pluralidade de exploração dos espaços

(círculos, retas...), tempos (ritmos, coordenações);

- Movimento e relação com outros: pessoas e objetos (formas, texturas e cores);

 

5- Registros

Registrado fílmico, fotográfico, filmográfico, anotações de falas, protocolos de observação, diário de campo, testes (questionário qualidade de vida-SF-36; Whoqol, nórdico, fullorton, foto kirlean, pirâmide de Pfister, conjunto de silhuetas, questionários, entrevistas, grupos focais, observação participante).

 

6- Análises

- Análises do movimento (categorização): Labanalise, praxiologia, semiótica,

- Análises das informações: conteúdo, teoria comentada dos dados, etnografia

- Análises p/ discussão: Morin, Freire, Winnicott, Lowen, Alexander, Wallon

- Análises complementares: Gomes-da-Silva, todas as dissertações, artigos da revista espec;

 

Estrutura da aula na pedagogia da sensorialidade/expressividade

 

Introdução: (5´-10’min)

* Sensibilização:

Explicitação do objetivo da aula: com as crianças (até 6 anos), iniciar na cantiga de roda; com os idosos, iniciar com poesia, narrativa sagrada, contos, crônicas cotidianas.

 

Desenvolvimento: (30`-50’min)

O professor trabalhará as dimensões da sensorialidade: interoceptiva, exteroceptiva

e proprioceptiva. Para cada aula (ou bloco de aulas, 3 em média) será dado ênfase num dos

sistemas de sensorialidade. (para crianças aula historiada)

 

*Sessão Interoceptiva (terminações nervosas viscerais)

– Jogos de alongamento (estiramento, suspensão, postura) e flexibilidade (métodos passivo e ativo).

- Jogos respiratórios.

 

*Sessão Exteroceptivo (órgãos sensórios: captadores de estímulos-percepção externa: olho, ouvido, pele, nariz, boca),

- Movimentos dos olhos, cabeça, mãos e corpo.

 

Sessão Proprioceptivo (órgãos motores: percepção cinestésica: músculo, articulações)

- Sistema postural: preservar o equilíbrio na sua orientação com a terra;

- Sistema investigativo de orientação: ajustamentos do corpo para obter informações externas;

- Sistema locomotivo: movimentos de aproximação, perseguição, desvio e escape;

- Sistema apetite: troca com o ambiente pela respiração, alimentação, eliminação e interação;

- Sistema performático: alterar o ambiente beneficiando o organismo;

- Sistema expressivo: movimentos posturais, faciais e vocais para especificar emoções;

- Sistema semântico: movimentos de todos os tipos, sons e fala codificada  

 

Conclusão: (10`-15’min)

- Por meio da produção de desenhos, pinturas, modelagem, composições – representação do que foi aprendido na aula (Balanço-de-Saber), seguido pelo círculo de cultura, com conversação explicitando as representações.

 

 

PRINCÍPIOS PARA OS PESQUISADORES DA LINHA

1º Atitude do professor-pesquisador: atitude integrada de um educador participante:

a) Participação nas atividades do laboratório (coletivo do lepec);

b) Produção científica (prioritariamente artigos, periódicos B2 acima);

c) Engajamento social-ético-político;

d)  Sensibilidade lúdica e estética

 

  Relação indissociável entre pesquisa e pesquisador

a) Fazer de sua prática, sua intervenção no mundo, seu laboratório para geração de conhecimento e de ação para a humanização do homem;

b) Fazer pesquisa não como algo exterior a si mesmo, como algo alheio a vida ou a transformação do mundo, mas como uma implicação para gerar sujeição tanto aos sujeitos pesquisados quanto a si mesmo. Não é expropriar o outro do conhecimento, mas dar-lhe consciência do conhecimento de si, da circunstância e do mundo;

c) Fazer-se professor/pesquisador, estando atento para a vivência que proporciona, reconhecendo-as como experiência transformadora, no momento em que se reflete sobre ela, convertendo-a em lição para viver melhor, para descobrir formas de ser presença transbordante do mundo, de viver a excelência do amor e da responsabilidade ética por si, pelos demais e pelo planeta.

 

 Pesquisador esperançoso em relação a si mesmo, ao outro e ao mundo

a) Refletir em que acredita (esperança), em que está disposto a lutar, em que vale a pena investir seu tempo, visto ser o tempo o bem mais precioso, porque é irrecuperável. Tempo é vida;

b) Estar inteiro no que faz, tendo consciência de si e dos seus desejos profundos. Si próprio não é uma definição, mas uma relação, fiel ao inacabamento (freireano) e a vontade de poder (nietzschiana) ser mais, de estar mais em relação com o mundo, de criar a si mesmo, continuamente;

c) Nossa ida aos campos de intervenção não é para levar, apenas, mas também receber. É preciso dar-se para receber. Sem entrega ao outro não há alteração nem de si nem do outro, quanto mais do mundo.

d) Processo educativo gerido com liberdade e crítica, estimulando a participação de todos os envolvidos nas decisões 

 

 Conhecimento da cinestese

a) Saber é relação do próprio com o outro, portanto é circunstancial, temporal e imanente;

b) Pensamento não é apenas conceito, mas pessoa, pois tudo que penso não está fora de mim, mas já sou eu. Meus pensamentos já é minha presença.

c) Movimento é linguagem do ser, exposição da presença, um dar-se e um deixar tomar. Movimento como um visar, uma intenção, uma finalidade, um querer, um desejo, um referir-se, uma emoção, uma comunicação, uma sociabilidade, uma responsabilidade;

d) Conhecimento como percepção e apreensão a partir da presença, a partir do ser dado na vivência e, consequentemente, aquisição e incorporação em si: percepção – apreensão – apropriação (incorporação)

e) Saber como prática encarnada da apreensão, apropriação e satisfação. Satisfação é a inteligibilidade que ultrapassa a medida. A satisfação está em ultrapassar a medida.

f) Interrogar as intenções do movimento para saber onde ele quer chegar, qual sua vontade, o que está visando ou se referindo, mas também seu desejo inconsciente, sua, sua socialidade, seu temor pelos outros e sua responsabilidade ética.

 

Arcabouço teórico

- Fundamentos: existencialismo (Heidegger), complexidade (Morin), educação (Paulo Freire e Rubem Alves), educação física (Freire, Kunz, Hildebrant), desenvolvimento (Wallon, Piaget e Vigotsky), saúde mental (Winnicott), cultura (Mafesolli, Mauss, James), movimento (Laban e teóricos da comunicação corporal), semiótica (Peirce, Barthes), praxiologia (Parlebas), corpo-espaço (Maturana, Damasio, Varela, Bronfenbrenner). 

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